Dec 30, 2010

new year!

Firstly, I would like to wish a wonderful 2011 to everybody.. All of best!
In general, I liked 2010. Many stuff happened and I'm really proud of all projects tchibi was involved. It was the year that I worked more, but now that I'm relaxing a little bit, I have the feeling I could have done more. It always happens since I'm very strong-willed... But I am satisfied anyways :D

For now I am relaxing but planning the next steps. There will be a lot of news for 2011 and I'll do the bestest artworks for you guys.

take care,
xoxo!

Dec 8, 2010

travel

Well, some people ask tips about my time in Europe. Well, you guys knew I spent some time in Europe running some projects, traveling around and researching for the next challenges. I can say I had fun, yeah, but it's not really easy to move countries and so on. I got positive and bad things about those times, but I really LIVED. That's the most important thing. It helps me to create everything I want, clothes or even to sit down and write a story. I've been doing it a lot. It's kinda a passion... and I think I gave some clues since I really enjoy writing a lot. I hope you guys are not having boring times reading all this I've wrote :D

Ok, I am back to this wonderful (yet problematic, but still great) land I can call HOME. Yeah, I am back to Brazil. And I am very happy with that. Finally I can develop some ideas I've been thinking about and working on in last months, days, hours and seconds. I'm looking for to run a lot of projects to next year as I told you guys and so on. So be patience!

Coming back to the travel tips.. I thought a lot about it.. But I think I don't have anything like "go to that place, buy at this store"  and so on.. I just would like to advice to: BE YOURSELF. Doesn't matter where you are, you should be yourself.. Don't change it because the others. That's the best tip of the world.. And of course: be ready to learn. All the time, really! I think it's not just some advices to trips, but for life as well. It's something you really should keep in your minds and hearts. If you have both, you are done!
I am still thinking about what was my favorite place in Europe. I think I really enjoyed Czech Republic.. It's very different place and people are very cheerful!

Dec 2, 2010

There's nothing...

This post was written in portuguese. Please use your translator to read it!! The next post will be in english again :)

PS: Qualquer semelhança com a ficção ou realidade é mera coincidência.

Olho pela janela e encontro  uma paisagem estranha. O mundo que eu não conheço desmancha diante dos meus olhos enquanto minha mente tenta aquietar o desconforto dentro do abrigo. É algo que eu nunca senti, afirmo para  mentalmente, o caos gelado traz o sinal da morte e ao mesmo tempo acolhe os corações mais desacreditados. Alguns chegam a confirmar que sentem-se aquecidos com aquele horizonte branco. Às vezes faz até sentido, já que tudo não passa de um imenso vazio – a silhueta da cidade, o coração das pessoas. Mas eu prefiro acreditar que a simplicidade só assusta quem consegue notar a tristeza e falta de perspectiva daquele mundo silencioso,  morrendo aos poucos sem ao menos soltar um grito de rebeldia. É como um desses finais de filmes trágicos onde uma sinfonia antiga qualquer toca antes que o personagem principal pereça em sua própria loucura.
                Eu visto uma roupa qualquer,  tecidos que não vieram desse continente.  O toque é suave e macio, a alegria das cores aquece o meu ser por completo. Coloco os dois pés – ou as duas botas - sob um tapete branco e orgânico. Onde supostamente deveria avistar o cinza do concreto inanimado, estranhamente remetendo um mundo com mais vida. Não há ninguém do meu lado, e se encontro um rosto qualquer, ele não é familiar. Algumas pessoas que avisto pelo caminho não chegam a ser pessoas, parecem robôs programados para seguir uma rotina que não faz o menor sentido se você sabe o que é sorrir e se rebelar.  E por fim enxergo mais humanidade nos olhos dos seus animais de estimação, que carregam um semblante enigmático, quase mártir. Eles não sabem o que fazem, eles dizem, apesar de não pronunciarem uma única palavra. Eles não sabem o que fazem...  Continuo minha trajetória.
                Não é fácil. Também não é dramático. É só turbilhão de fatos sendo atirados, de forma desordeira, inquietante. É só o vento batendo contra o rosto, desprotegido e mal acostumado com  a brisa suave  e gentil daquela terra distante. Muitas crenças são destruídas por frases articuladas, preconceituosas e  grosseiras. Sonhos são construídos a partir do momento que encontro os meus semelhantes, ergo os braços e rio para a normalidade. Solto um palavrão qualquer seguido de deboche, e finco a rebeldia adolescente que nunca vai embora.  Não me contento com os cartões postais e crio um afeto instantâneo por qualquer lugar que comece com B.
                Sento impacientemente em um banco no centro da cidade, observo o movimento logo depois que as pessoas deixam seus trabalhos prontas para a incerteza de chegar em casa. Aquilo passa longe de qualquer agitação. Parece uma pintura  recém-acabada de um vilarejo de três séculos atrás. Presa em um tempo onde a melancolia era prêmio. Não há nenhum som. Entro em um mercado, compro  o que aquele lugar tem a oferecer. Não sei se sou acolhida ou se acolho pequenas felicidades, traços de culturas e paisagens que vi a vida inteira envoltas em uma cúpula de vidro.  Escuto um barulho contínuo e incessante.  Era um garoto pobre, imigrante.Africano. Parecia bem impaciente - mexia a cada dois segundos e sua vasta compra - , que em sua totalidade era um Kinder ovo que custava menos que um dinheiro de verdade. Ele conta as moedas que possui nas mãos e se dá contra de que não tem o montante suficiente. Corre para dentro da imensidão de prateleiras e eu o perco de vista. Mas não de mente.  A imagem fica gravada na minha memória, assim como  a falta de observação de todas aqueles seres ao redor. Não sei  se perceberam ou fingiram não perceber. As grandes festas e o suposto sentimento de misericórdia invade os corações de todos como aquele branco toma conta da paisagem. É tudo uma mentira, reflito e digo para mim mesma ao lembrar de todos os comentários que rondam sobre este lugar.
                Houve sim uma época de glórias. De mentes inquietas, brilhantes e grandes acontecimentos na história moderna. Mas agora a impressão que fica, é a de uma frase que li em uma exposição.  Lembro de me inclinar o corpo para ler uma série de manuscritos e rabiscos feitos por um criador não muito distante de mim. There’s nothing in the room except everything that was there.Refleti muito sobre essa frase nos primeiros dias, e agora observando essa neve soa como um epitáfio para esse lugar. Essa gente. Essas memórias. E tudo o que estiver indiretamente relacionado à elas.